O casulo

Uma vez, quando eu era criança, ganhei de presente no parque, um casulo.

Lá dentro tinha uma lagarta e me falaram tudo sobre como ela viraria uma linda borboleta, mas a primeira coisa que eu lembro quando penso nisso, é que o moço também disse que borboletas só vivem por no máximo 3 meses depois que nascem.

“Não a minha”, pensei. A minha borboleta iria viver tanto quanto eu, ela seria linda, livre e praticamente imortal.

Só que eu levei o casulo pra casa e a minha borboleta nunca saia de lá.

Fui deixando, esquecendo, vivendo… Achei o casulo tempos depois, vazio.

Eu perdi minha borboleta.

Ela nasceu sozinha, voou sozinha e provavelmente já tinha morrido sozinha.

E eu nem vi acontecer.

Por: Ireninha

“A vida é breve e solitária; enquanto sonhamos com a eternidade, a beleza escapa despercebida”

Leia também:

Adolescentes não deveriam beber!

A coisa e a lembrança

Cuidado. Mantenha a distância!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *