Confesso que, até assistir ao documentário “Eu Sou: Céline Dion” na Amazon Prime, a imagem que eu tinha da cantora era a de uma estrela distante, inalcançável. Sua voz poderosa, seus shows grandiosos e a aura de diva me faziam admirá-la, mas sem realmente conhecê-la.
A mulher por trás da estrela
Mas o que o documentário dirigido pela talentosa Irene Taylor, indicada ao Oscar, me proporcionou foi um mergulho profundo na vida de Céline, não apenas como a artista global que todos conhecemos, mas como a mulher, a filha, a irmã e a pessoa que enfrenta seus próprios desafios, como qualquer um de nós.
Luta contra a síndrome da pessoa rígida
Acompanhei, com o coração apertado, a luta dela contra a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma doença rara e debilitante que causa rigidez muscular e espasmos dolorosos. Vi cenas fortes de crises que ela sofre, momentos de extrema vulnerabilidade que me fizeram refletir sobre a fragilidade da vida e a força que o ser humano pode ter diante da adversidade.
Os bastidores de uma diva
Céline, com sua voz sempre doce e emocionada, abre seu coração e revela os bastidores de sua vida, desde os momentos mais íntimos até a pressão constante de manter uma imagem pública impecável. Ela fala sobre a dificuldade de cancelar shows, mesmo quando seu corpo implora por descanso, e a necessidade de mentir para o público para proteger sua privacidade.
A cruel ironia da fama
Me marcou profundamente a frase que ela diz: “Eu viajei pelo mundo, por muitos e muitos lugares do mundo, e é engraçado que embora eu conheça o mundo todo, eu não posso conhecer de fato nenhum lugar.” Essa fala resume a ironia cruel da fama, que te leva a conhecer diversos cantos do planeta, mas te impede de realmente vivenciá-los, de se conectar com a cultura local e experimentar a simplicidade da vida.
Reflexões sobre a vida
Ao ver Céline, essa mulher tão poderosa e talentosa, se debatendo com os efeitos da SPR, eu me peguei pensando no preço da fama. É triste imaginar como deve ser difícil dar satisfações sobre sua vida a milhões de desconhecidos, que apesar de serem fãs e responsáveis por seu sucesso, ainda são desconhecidos. No fundo, somos mais parecidos do que parece. Entre o artista e o anônimo, a diferença está apenas na medida do talento e da coragem, pois as dores, os anseios, os amores e as frustrações são sempre os mesmos.
A força da “força de vontade”
Mas, acima de tudo, o documentário me ensinou sobre a força de vontade. Céline, mesmo fragilizada pela doença, não desiste de seus sonhos. Ela segue firme na busca por cura, com a esperança de voltar aos palcos e cantar para seus fãs. Sua história é um exemplo de superação e nos ensina que, mesmo nos momentos mais desafiadores, a esperança e a força de vontade podem nos guiar para a vitória.
Uma experiência transformadora
Assistir “Eu Sou: Céline Dion” foi uma experiência transformadora. Me aproximei da artista como ser humano, me identifiquei com suas dores e conquistas, e me tornei ainda mais fã da mulher que ela é. Recomendo este documentário a todos que buscam uma história real, emocionante e inspiradora. É um filme que nos faz refletir sobre o que realmente importa na vida e sobre a importância de nunca desistir dos nossos sonhos.
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