Recentemente, assisti a uma matéria no canal DW Brasil que me fez repensar muito sobre a nossa juventude. O tema era “O drama dos jovens nem-nem”, abordando a crescente população de jovens que não estão nem trabalhando, nem estudando. O que isso realmente significa? E por que tantos jovens se encontram nessa situação? Vamos mergulhar nesse assunto.

Nem aqui, nem ali: e agora?

Vamos ser honestos, quem nunca se sentiu um pouco “nem-nem” em algum momento da vida? Acordar sem saber se vai estudar ou trabalhar é o sonho de muitos, mas a realidade para alguns. No Brasil, cerca de um em cada quatro jovens entre 15 e 29 anos está nessa situação. Para alguns, é uma escolha consciente. Mas para muitos, é uma falta de escolha. Desigualdades de classe, raça e gênero jogam esses jovens num limbo onde as oportunidades são raras.

A nova cara do trabalho

De acordo com a a reportagem, a juventude de hoje olha para o trabalho com outros olhos (e de fato, isso já está bem evidente). Se antigamente, nossos pais e avós sonhavam com a estabilidade de um emprego vitalício, a geração atual quer mais. Eles buscam sentido, propósito e, claro, um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Esse tal de “job hopping”, ou pular de emprego em emprego, virou tendência. Afinal, quem quer ficar preso num lugar onde não se sente valorizado?

Vulnerabilidade e desigualdade

Agora, vamos falar sério. A maioria dos nem-nem no Brasil está em situação de vulnerabilidade. Não é uma questão de preguiça ou desinteresse. São jovens enfrentando desigualdades históricas que limitam suas oportunidades. Mulheres negras e periféricas, por exemplo, carregam o peso de múltiplas jornadas de trabalho, cuidando da casa, da família, e muitas vezes de si mesmas, tudo isso sem o devido reconhecimento.

O desafio do mercado de trabalho

O mercado de trabalho não é fácil para os jovens brasileiros. Crises econômicas tornam os empregos instáveis, e os jovens são os primeiros a serem demitidos. Sem experiência, fica difícil encontrar novas oportunidades. É um ciclo vicioso que deixa muitos sem saída. E para aqueles que conseguem um emprego, muitas vezes é um trabalho precarizado, sem garantias de segurança ou direitos.

A importância de políticas públicas

Não podemos rotular essa geração de maneira simplista. O termo “nem-nem” pode parecer pejorativo, mas esconde realidades complexas. Precisamos de políticas públicas que promovam a educação, igualdade de gênero e racial, e que ofereçam suporte para esses jovens encontrarem seu caminho. Investir na juventude é investir no futuro do país.

Finalmente

De forma bem pontuada, a reportagem da DW explique como os jovens nem-nem no Brasil são um reflexo das nossas desigualdades. Precisamos de um esforço conjunto, envolvendo governo, empresas e sociedade civil, para criar um ambiente onde todos tenham a chance de prosperar. Não podemos deixar essa geração à margem, pois seu potencial é imenso. Com apoio e oportunidades adequadas, esses jovens podem transformar nosso país e criar um futuro melhor para todos. Afinal, quem nunca se sentiu um pouco “nem-nem”?

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